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David Attenborough publica o livro “Oceano – O último reduto selvagem” aos 99 anos

David Attenborough: "Quanto mais pessoas apreciarem e compreenderem o mundo natural, maior será a nossa esperança de o salvar, bem como a nós mesmos”
David Attenborough: "Quanto mais pessoas apreciarem e compreenderem o mundo natural, maior será a nossa esperança de o salvar, bem como a nós mesmos”

“Tive a felicidade de viver quase cem anos. Durante este tempo, ficámos a saber mais sobre o nosso oceano do que em qualquer outro período da história humana”. É assim que o famoso naturalista britânico David Attenborough escreve no prefácio do seu novo livro “Oceano – O último reduto selvagem”, publicado aos 99 anos (!) em parceria com Colin Butfield, cofundador e diretor dos Open Planet Studios.

A obra de 424 páginas, ilustrada com numerosas fotos a cores de grande impacto e beleza, foi publicada em Portugal pela Temas e Debates (Bertrand Editora), e tem a particularidade de ter sido lançada a nível mundial a 8 de maio, dia do aniversário do naturalista. Em simultâneo aconteceu a estreia de um documentário com o mesmo nome em cinemas de vários países e no dia 14 de junho no canal de TV da National Geographic (o trailer oficial pode ser visto em https://www.youtube.com/watch?v=v5J7aP2FYH4), logo a seguir à realização pela ONU da Conferência do Oceano (UNOC3) na cidade de Nice (França).

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Até agora, David Attenborough foi autor, ou contribuiu com a introdução ou o prefácio, de mais de 70 livros. E foi produtor, narrador, apresentador e escritor de mais de 100 documentários para a televisão, principalmente para a BBC, tendo ainda recebido mais de 20 prémios e distinções.


Mares saudáveis beneficiam, ao mesmo tempo, as comunidades piscatórias e a vida selvagem “Com demasiada frequência, o oceano é retratado como uma batalha entre conservação e pesca”, escreve no posfácio do livro Colin Butfield. “No entanto, vimos em todo o Mundo que mares saudáveis beneficiam, em simultâneo, as comunidades piscatórias e a vida selvagem. Um oceano revivificado providenciaria alimento, meios de subsistência, captura de carbono, estabilidade planetária…” continua o diretor dos Open Planet Studios. “Esperamos que, ao partilhar estas histórias de descoberta, espanto e recuperação, possamos ajudar a atrair a atenção para os extraordinários dons que o oceano nos oferece a todos”.

O livro está dividido em 3 partes intituladas “No tempo de vida de uma baleia-azul”, “O nosso mundo oceânico” e “No tempo de vida de um ser humano”. A segunda parte é a maior e aborda temas tão diversos como os recifes de coral, as profundezas do oceano e o oceano aberto, as florestas de laminárias (algas), o Ártico, os mangues (ecossistemas costeiros), as ilhas oceânicas e os montes marinhos e o oceano Antártico.

“Não estarei cá para assistir ao fim da história”, escreve ainda David Attenborough no prefácio do livro, “mas, depois de uma vida inteira a explorar o nosso planeta, continuo convencido de que, quanto mais pessoas apreciarem e compreenderem o mundo natural, maior será a nossa esperança de o salvar, bem como a nós mesmos”. Quando o naturalista e Colin Butfield decidiram escrever o livro, queriam “transmitir o arrebatamento da descoberta, manter uma perspetiva clara acerca do perigo que ameaça o nosso oceano e, acima de tudo, partilhar as histórias que, parece-nos a nós, poderão inspirar uma nova geração a olhar para lá da beira-mar, a ver debaixo das ondas”.

 
 
 

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